DESPEDIDA


130
Abracei Dona Almerinda.
“Cadê Edy? Perguntei.
No quarto estava... chorando...
Comovi... mas não chorei...


131
Dona Almerinda, bondosa,
foi buscá-la para mim...
e a cabecinha, em meu ombro,
me encheu de pranto... era o fim!


132
Você me abraçou chorando
no instante da despedida...
Depois esqueceu de tudo...
E´, por demais, esquecida...


122
Minto sempre quando digo
que, em verdade te esqueci...
pois verdade é que não posso
viver sem lembrar de ti...


133
Meu passeio em Monte Alegre!
Tão diferente a cidade!
A casa onde ela morava
não mais existe! E´ saudade!


117
Não lhe prometo esquecer.
E não prometo porque...
o único bem que me resta
é me lembrar de você!


EULÁLIO MOTTA

23-06-87

“Você é o maior trovador que já conheci.”
Eudaldo Silva Lima, escritor, orador, professor, funcionário do Ministério
da Educação, Brasília.

Do livro “Meu caderno de Trovas”, a sair.
A folha mede 140 milímetros de largura por 210 milímetros de altura. O papel é de baixa gramatura e alta lisura, e se encontra pouco amarelado. O texto foi impresso em prensa de tipos móveis. O layout é simples sem muitas variações de tamanho e tipo de fonte. A mancha escrita está envolvida numa moldura. Constam seis quadras com recuo alternado das estrofes. As quadras estão numeradas do mesmo modo como ocorre no Meu caderno de trovas, mas não há testemunho desses poemas no caderno. Foram preservados setenta e quatro exemplares desse panfleto.