"BASTA DE PODRIDÕES"
Os “honestos de sorte” que, no passado, mereceram minhas flores,
estão agora gastando suas economias em publicações de uma de minhas crô-
nicas de combate a OSWALDO VITÓRIA em 1967.
Quero lembrar a esses “honestos de sorte” o seguinte: um dos ob-
jetivos que tive quando escrevi e publiquei tais crônicas foi este: ar-
rancar do coração de nossa gente humilde o amor que demonstrava ter a
aquele político. Que não consegui, está provado o calor de entusiasmo
com que essa gente vem recebendo o político referido onde quer que se a-
presente no Município, principalmente em Umbuzeiro, Barra e Bonita.
Pergunto aos “honestos de sorte”: conseguirão vocês agora o que
não consegui então? conseguirão que o amor dessa gente a aquele políti-
co desapareça com essa reedição de minhas crônicas de combate ao mesmo?
conseguirão? Só as urnas de 76 responderão a essa pergunta. Aguardemos.
Quero lembrar tambés a voces, “honestos de sorte”, a voces que es-
tão espalhando, em reimpressão, meu folheto de 22/04/67, intitulado “PO-
DRIDÃO”; quero lembrar a voces que, o que voces fizeram com Dr. Antônio
Carlos Magalhães, dando-lhe as costas depois de ter recebido dele todo
apôio e todos os benefícios, significa indignidade, significa PODRIDÃO,
podridão moral que se constitue do que há de mais podre, mais sórdido,
mais repugnante na alma da gente: a INGRATIDÃO!
O que voces fizeram com Dr. Antônio Carlos Magalhães, foi podri-
dão, foi enorme vergonha para Mundo Novo! voces sujaram o nome de Mun-
do Novo! Macularam o nome de nossa terra! Ontem, no Morro do Chapéu,
na solenidade de festa de inauguração do asfalto, quando o Governador
afirmou: “Aqui não há lugar para a palavra ingratidão”, um dos presente
gritou: Mundo Novo! o que um dos Mundonovense presente retruncou: “Mun-
do Novo, não! O Prefeito de Mundo Novo, sim”!
Vocês derramaram podridão sobre o nome de Mundo Novo: - a lama
infecta da ingratidão, com o que se revelaram podres! e quem se revê-
la podre não tem autoridade moral para apontar a podridão dos outros!
Ao Governador que tudo nos deu, voces dão pontapés. A Honorato
Viana que nunca nos deu nada, voces dão votos. Podridão!
Basta de podridões!
Mundo Novo, 13 de novembro de 1974.
EULÁLIO MOTTA
A folha mede 215 milímetros de largura por 310 milímetros de altura. O papel é de gramatura e lisura medianas, e se encontra amarelado. O texto foi impresso em mimeógrafo a partir de datilografia em folha estêncil azul. O datilógrafo esmerou-se para manter a simetria do texto e há correções por sobreposição, mas não comprometeram o aspecto visual do texto. Foram preservados dois exemplares desse panfleto.