NATAL..
Meu adeus... naquele dia
eu tive um pressentimento:
que o meu romance vivia
o seu último momento.
Não consigo um só momento,
nem de noite, nem de dia,
pra viver sem pensar nela...
a minha antiga alegria...
Apesar de teu rancor,
gostaria de te ver...
pra dizer-te o que não disse,
o que ficou sem dizer...
Por que você não me escreve?
Por que tamanho rancor,
se durante toda a vida
só a você tive amor?
Horrivel o teu rancor...
porem que saibas, convem:
que ainda te tenho amor.
ainda te quero bem...
EULÁLIO MOTTA
“De” Canções de meu caminho,” 3ª. Ed. a sair - 2512-87
A folha mede 125 milímetros de largura por 185 milímetros de altura. Trata-se do menor de todos os panfletos. O papel é de gramatura e lisura medianas, e se encontra amarelado. O texto foi impresso em prensa de tipos móveis. O layout é simples sem muitas variações de tamanho e tipo de fonte. A mancha escrita está envolvida numa moldura. Constam cinco
quadras, com recuo alternado das estrofes. Há um nota com indicação de que as trovas seriam publicadas na 3º edição de Canções do meu caminho. Foi preservado apenas um exemplar desse panfleto.